E sempre quando somes fico com o coração na mão, um aperto doído no peito.
Porque sei que quando te ausentas não fica sozinho. E imaginar que talvez outra tenha suas carícias, sussurros no ouvido, talvez até beijos mais doces do que os que tens destinado a mim, me afunda cada vez mais nesse vale escuro que é meu viver quando estas.
Me pego contando minutos, fazendo planos e, mesmo sem ti, vivendo para ti.
Quando tu voltas, ouço pacientemente tuas histórias.
Histórias estas que me deixam abatida por serem parte da tua ausência. Ainda assim me imponho esse ritual como uma penitência, dois copos de vinho, luzes baixas, deitamos abraçados e então me revelas parte a parte suas vivências. Quase sempre me pego imaginando, eu, presente nessas tuas vidas longe de mim. Como seria maravilhoso viver tudo isso contigo. E tu nem percebes nada, tu nunca percebes.
Acho que acredita me preencher com essas tuas histórias,
que só de conta-las a mim já as torna minhas também.
Ou percebes e só me quer fazer sofrer mesmo...
Um comentário:
Quando se despedem duas pessoas que se amam, a que vai sente-se ficando, e a que fica, indo.
GK
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