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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Outono: O que eu sonhei ouvir...

Ele me pegou pelo braço, me puxou bem para perto. Olhou em meus olhos, como quem lê lamas. Ah esse olhar sempre me domina, derruba todas as barreiras, me pega por inteira, decifra os sonhos!



Não consegui me afastar, não me movimentei, se quer lembro se respirei, apenas esperei. Ele me abraçou e susurrou em meu ouvido:



-"Sei que nosso tempo passou e que não somos os mesmos. Mudamos. Mas nunca seremos tão diferentes a ponto de que nossas almas não se reconheçam uma na outra. Porque somos pássaros do mesmo ninho. E se nos descobrimos próximos, todo instante é como a primeira vez, com borboletas no estômago. Dizem que quando acaba o amor as borboletas se vão. Elas morrem ou adormecem até encontrar outro motivo pelo qual bater asas. Bem, eu ainda tenho as minhas, e estas (acredite) são eternas enquanto eu viver, e nunca baterão asas por mais ninguém, estas meu bem, são só tuas.

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