Não consegui me afastar, não me movimentei, se quer lembro se respirei, apenas esperei. Ele me abraçou e susurrou em meu ouvido:
-"Sei que nosso tempo passou e que não somos os mesmos. Mudamos. Mas nunca seremos tão diferentes a ponto de que nossas almas não se reconheçam uma na outra. Porque somos pássaros do mesmo ninho. E se nos descobrimos próximos, todo instante é como a primeira vez, com borboletas no estômago. Dizem que quando acaba o amor as borboletas se vão. Elas morrem ou adormecem até encontrar outro motivo pelo qual bater asas. Bem, eu ainda tenho as minhas, e estas (acredite) são eternas enquanto eu viver, e nunca baterão asas por mais ninguém, estas meu bem, são só tuas.
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