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domingo, 21 de outubro de 2012

Noite 2

“Mais uma bela noite para desperdiçar, para SE desperdiçar, para desperdiçar a si mesma...”. Era o que dizia o livro que estava lendo. Uma bela noite, sim, mas não para ler, nem para desperdiçar...

 Ela se arruma, durante as 3 horas anteriores tudo o q ela fez foi pensar nele, no que lhe agrada. Ela não quer perde-lo, ela não quer cometer um só erro. Pois o tempo todo ela tem medo... Tem amor, muito amor, mais do que imaginou poder sentir um dia, por isso tem medo. Muito medo. Pronta, ela vai até ele. Imaginando no caminho como ser melhor, fazer melhor, como fazer com que ele a ame mais. Então ela o vê, e por um momento pensa que ele é tudo, que ele é muito, pra ela... Chegam no quarto e ele tranca a porta, já sabe como ela gosta, apaga a luz. Ela coloca uma música para tocar, imagina em dançar, ou falar qualquer coisa, pensa em fazer algo diferente, pensa que ele é muito... Não, não, não pode pensar nisso agora, não pode pensar nas outras garotas tão perfeitas que ele conhece. Não! Não pode pensar nisso agora, não pode pensar em todos os defeitos incorrigíveis que ela tem. Para. Faz tudo como sempre, é melhor do que decepcionar. Tem medo de decepcionar.
Então ela se aproxima, beija-o lentamente, seu coração até dói, é amor demais. Tira a blusa? Melhor não, vergonha. Tira a calça? Melhor não, defeitos. O que fazer? Primeiro ele, talvez assim diminua a vergonha. Lentamente beijando-o tira sua blusa. Beija seu pescoço, a orelha. Desce as mãos, o acaricia ainda por cima da calça. Parece que ele está gostando. Lentamente tira a calça, tira tudo. O beija e se afasta um pouco, mesmo no escuro percebe o vulto das formas daquele corpo, bem desenhado, tão perfeito que lhe causa vergonha. Tem vergonha de suas formas que se olhar as sombras na parede percebe o quanto são arredondadas, o quanto são erradas.  Não é bom olhar agora. Esquece, não pensa nisso agora.
Ela ajoelha e olha para ele com aquele olhar como se implorasse por algo. Então diz: ”O que você quer que eu faça”. Fala inocente, olha criminosa. Ele então acaricia seu rosto devagar. Um gesto simples, mas que a faz arrepiar inteira. Ele coloca a mão entre seus cabelos, dando aquele sorriso safado que ela tanto gosta. Então guia sua cabeça até “o lugar correto”. Ela lambe, lambe e o olha com aquela cara de safada, mas como se falasse: “é só isso que você quer?”. Ele então empurra mais sua cabeça. Ela coloca seu membro na boca, e chupa. No começo apenas uma parte, depois mais, depois inteiro. Ela chupa e conforme sente os espasmos dele aumenta o ritmo, aumenta a pressão, ou não faz pressão, ou lambe. Usa as mãos, acaricia, o puxa pra mais perto. Quando ouve os sons de aprovação e satisfação aumenta, mais rápido, mais forte. Ele então se senta na cama. Ainda ajoelhada ela continua.
Então um espasmo mais forte e ele dá sinal para ela parar, para se afastar. Não hoje baby, ela quer terminar os serviço assim. Ela se levanta, o beija e diz que quer ir até o fim, assim. Ele tenta argumentar, ela ignora e continua. Chupa, lambe, beija. Então aumenta até que ele não aguenta. Ela engole, tudo. Ela gosta. Ela continua até o fim, não para até que ele pede. Então ele solta um suspiro profundo, deita na cama. Ela olha em seus olhos e sorri, um sorriso maldoso, safado. Deita ao seu lado, o abraça. Está realizada. Completa.

2 comentários:

Gugu Keller disse...

Tudo é reciclável, exceto o tempo perdido.
GK

Ronie Araujo disse...

Ótimo texto!!!

Parabéns!!!