Páginas

quinta-feira, 21 de junho de 2012

O concreto


"Tão fora do ar, tão perdida entre os letreiros e cartazes da rua...
 Andava sozinha embaixo da chuva.
Olhava para as luzes que não deixavam nunca a escuridão envolver aquele lugar,
 não deixavam nunca a cidade dormir. 
Estava tão atraída que parecia um inseto hipnotizado pela luz. 
Tudo tão confuso, sons, imagens, lembranças, surpresas.
 Mas no fundo do seu coração dava uma vontade, 
uma vontade de fazer parte de tudo aquilo. 
Ser parte daqueles sons, luzes, prédios, imagens, letreiros, cartazes. 
Pois até o concreto dali parecia pulsar vida."


Nenhum comentário: