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domingo, 18 de março de 2012

Quando o amor acaba


Quando você ama alguém ama como um todo. Os atos, os gestos, os cheiros, os beijos e os toques. Mas o mesmo acontece quando o amor acaba (na verdade o contrário acontece). O amor acaba e ainda tenta se preservar uma relação sem sentido, sabe se lá porque, talvez por costume... Aí se toma certo horror a cada gesto, cheiro, beijo e carinho. Como se aquilo fosse uma agressão à alma. E tudo o que lembra a pessoa fica difícil de suportar... Não, não consigo aceitar isso, não o faria. Também não quero que ninguém faça algo do tipo por mim. Prefiro que me machuque, que me magoe, que me faça sofrer, do que me suporte com sorrisos vazios, palavras falsas. Não quero ser a tormenta de ninguém, porque quando gosto de alguém eu quero ser a calmaria, o porto seguro sempre ali, quero ser uma lembrança boa, não um martírio de autopunição por lhe ter um amor não correspondido. É dolorido ser algo doloroso, seja pra quem for. Então não consigo ser assim, nem me obrigar a fazer esses sacrifícios, porque ao achar q me sacrificando estaria fazendo o bem para a outra pessoa eu estaria apenas adiando o inadiável, piorando um final por si só trágico. Então assim como sou sincera quando me perguntam o quanto amo, também serei ao perguntarem se já não amo. Ninguém deve se obrigar a coisas assim... Ou se completa ou se troca a peça... Se eu não fui à correta para você, paciência... Talvez eu faça parte de outro quebra-cabeça...

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